AS NAVEGAÇÕES AFRIKANAS PARA ABYA YALA

De acordo com o pesquisador e historiador Gaossou Diawara (nascido no Mali, Afrika), os Povos Afrikanos liderados pelo Rei Abubukari II navegaram e chegaram em Abya Yala no século XIV (1310). Em suas pesquisas, têm informado e explicado que o silêncio dos Djeli, os maiores historiadores da história oral Afrikana, tem-se quebrado, paulatinamente, no intuito de divulgar a história de Abubukari II e sua saga pelo Oceano Atlântico. Até então, a fascinante história de Abubakari II tem permanecido resguardada e esquecida, por ele ter renunciado ao trono do Império de Mali. A meta do imperador malinês era descobrir se o oceano Atlântico tinha outra margem - como tinha o rio Níger, que cortava os seus domínios. A saga de Abubakari II não foi aceita por seus conselheiros, que instruíram aos Djeli que não relatassem sobre esta grande proeza.

O Rei Abubakari II estava interessado em histórias de estudiosos de um "mundo em forma de cabaça, o grande oceano a oeste e o novo mundo para além desse. Os maleses entrevistaram navegadores e construtores de Kemet Egito e de cidades do Mediterrâneo, decidindo construir seus próprios navios na costa da Senegâmbia. Os preparativos para a viagem incluíram carpinteiros, ferreiros, navegadores, mercadores, artesãos, joalheiros, tecelões, mágicos, adivinhos, pensadores e o militares, e que todos os navios puxaram uma fonte de barco com os alimentos por dois anos, carne seca, grãos, frutas em conserva em potes de cerâmica, e de ouro para o comércio. A frota de Abubakari teria ancorado na costa de Pindorama (Brasil), no local hoje conhecido como a cidade do Recife: “Seu outro nome é Purnanbuco, o que acreditamos é que é uma aberração do Mande para os campos do rico ouro que representavam grande parte da riqueza do Império Mali, Boure Bambouk.”.

 

Outro historiador, Van Sertima, descreveu como, de acordo com os próprios escritos de Colombo, as pessoas que viviam na ilha do Haiti eram Negras, corroborando com os estudos de Diawara: "as pessoas de pele Negra tinham vindo do comércio sul e sudeste em ouro lanças feitas de metal. Colombo enviou amostras destas lanças de volta à Espanha para ser testado, e foram considerados idênticos em suas proporções de ligas de ouro, prata e cobre, lanças, em seguida, sendo forjado no Africano da Guiné. Fernando, filho de Colombo, disse que seu pai havia lhe dito que tinha visto pessoas Negras norte do que hoje é Honduras.” 

Historiadores, no início do século XVI, registraram evidências de que já existiam Povos Negros vivendo nas florestas de Abya Yala (américa), exercendo comércio e uma relação conturbada com os Indígenas, antes mesmo da chegada dos brancos europoides. O irmão do navegador Colombo, um comerciante de jóias, trazia-lhes notícias de clientes Afrikanos acostumados a viagens marítimas. Há indícios de que foram os Afrikanos que forneceram informações ao rei de Portugal e Colombo para propor à Espanha a linda de Tordesilhas como divisória de um continente. Após sua segunda viagem à Abya Yala, Colombo apresentou ao rei de Portugal e sua Corte, Indígenas que traziam pontas de lança, dizendo terem comprado “dos homens altos e escuros que chegam de onde nasce o sol”. Essas pontas de lança eram feitas de uma liga específica, fundida e utilizada na África oriental.

O escritor Ivan Van Sertima, em sua obra, identifica dois possíveis contatos entre a Afrika antiga e o continente Indígena. Primeiro, entre 1200 e 800 a.C, quando os Núbios e os Keméticos Egípcios chegaram ao Golfo do México e trouxeram a escrita e a construção de pirâmides. Segundo, em 1310 d.C, quando a civilização mandinga se estabeleceu no México, Panamá, Equador, Colômbia, Peru e diversas ilhas do Caribe.

O primeiro teria sido quando Núbia era uma potência marítima mundial, ocasião em que apareceram em território Olmeca, no Centro-Sul do atual México, gigantesca cabeças esculpidas em pedra, as quais retratando fielmente, rostos de marinheiros Núbios, com suas indumentárias típicas. Apareceram também no México conjuntos de elementos culturais idênticos aos Afrikanos e pirâmides no estilo Núbio. A cerâmica pré-colombiana retrata rostos Afrikanos em abundância, idênticos aos monumentos olmecas encontrados. O segundo contato teria sido na época de Abu-Bakari, Imperador de Mali, em que historiadores muçulmanos contemporâneo contam que este imperador fascinado pelo mar, construiu frotas e lançou expedições ao Atlântico, embarcando em uma delas rumo ao continente Indígena, e nunca mais foi visto.


 

São vários os indícios da presença Afrikana nas Américas, sobretudo no México e no Panamá, antes de Colombo. Pesquisas arqueológicas, lingüísticas, estudos das propriedades do sangue, a botânica, a antropologia, a história, a arte e outros, convergem para essa conclusão. Portanto, diante de tantas evidências concretas e amplamente sustentadas na investigação científica, a única razão da persistente relutância em não aceitar essa tese é o duplo preconceito: o que identifica o Afrikano com incapaz de realizar tal feito e o que se recusa a admitir a possibilidade de não terem sido os brancos europoides quinhentistas (os anos de 1500) quem primeiro “descobriu” o continente Indígena. Nesse sentido, alguns pesquisadores acreditam que a população Garifuna da América Central é descendente da expedição de Abubakari II.


 

 

Referências Kefing Foluke http://cnncba.blogspot.com/2010/11/saga-do-rei-abubakari-ii-africanos-na.html

https://www.recantodasletras.com.br/artigos/1655772#:~:text=Historiadores%2C%20no%20in%C3%ADcio%20do%20s%C3%A9culo,mesmo%20da%20chegada%20dos%20europeus.




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