Os reis que expulsaram os líbios usurpadores do trono de Kemet, sob a Vigésima Quinta Dinastia em torno de 750 a.E.c, eram na realidade monarcas Sudaneses. Em 712, Shabaka ascendeu ao trono de Kemet, após expulsar Bochoris, o usurpador. O entusiástico acolhimento concedido a ele pelo povo Kemetico, que o viram como o regenerador da tradição ancestral, demonstra o parentesco original entre Kemeticos e Etíopes Negros.
A Etiópia e o interior Afrikano sempre foram considerados pelos Kemeticos como a Terra Santa de onde seus antepassados tinham vindo. Por isso, a Dinastia Preta da terra de Kush (Sudão) foi vista como uma restauração:
A autoridade do rei da Etiópia era reconhecida por Kemet, não como a de um inimigo impondo seu governo pela força, mas como uma tutoria convocada pelas orações de um país sofrendo por longo tempo, afligido com anarquia dentro de suas fronteiras e enfraquecido no exterior.
Com o Rei Shabaka, Kemet encontrou um representante de suas idéias e crenças, um zeloso regenerador de suas instituições, um poderoso protetor de sua independência. O reinado de Shabaka foi de fato visto como um dos mais felizes na memória Kemética. Sua dinastia, adotada sobre a terra dos Faraós, afileira a Vigésima Quinta na ordem de sucessão de famílias nacionais que ocuparam o trono.
Como o costume da Dinastia Napata de privilegiar a sucessão matriarcal entre irmão, Shabaka sucedeu seu irmão Piankh em 716 a.E.c. Enquanto que o seu antecessor tinha governado a partir da Núbia, Shabaka decidiu governar desde Kemet, a partir de Mênfis. O seu reinado seria caracterizado por um clima de paz interna e externa.
Shabaka procurou um regresso às concepções da época do Império Antigo, que se fez sentir sobretudo no campo das artes. O prenome (ou nome de trono) deste faraó foi Nefercaré, nome que tinha sido usado por Pepi II, um dos grandes reis Keméticos do Império Antigo. Em Karnak, restaura o cargo de sumo sacerdote de Amon, colocando o seu filho Horemakhet no cargo. A sua irmã Amenirdis I foi Divina Adoradora de Amon, tendo construído a sua capela funerária no interior do templo de Medinet Habu.
É graças a este faraó que hoje em dia se conhece a chamada "teologia Menfita" (as crenças sobre as origens do universo desenvolvidas na cidade de Mênfis). Shabaka ordenou que o texto de um papiro em estado de deterioração avançado fosse transposto para um pedra de granito, a Pedra de Shabaka, que se encontra em um museu não Afrikano na europa
Shabaka foi sepultado em uma pirâmide na Núbia.
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