A gente não deve cair em academicismo nem em carteirada de citações. Mas devemos sim conhecer o que nossas Ancestrais já falaram sobre o assunto que queremos debater e propor soluções. Pra falar de colorismo e Negritude é importante entender qual foi a estratégia de quem veio antes. Qual foi o critério pra população do Br ser declarada de 54% de Negras/os? Qual era a força política dos movimentos Negros quando a a população Negra era tida como "minoria" no censo? E qual o impacto disso nas políticas públicas e na garantia de direitos pros povos Indígenas?
Também tem a questão de que ser Preto não é só sobre a cor da pele ou traços. E não dá pra ignorar que pardo é um termo muito amplo que causa enorme apagamento Indígena ao mesmo tempo que possibilita à branquitude uma conveniente racialização artificial para negar o próprio racismo. E também gera um não pertencimento a diversas pessoas Pretas já que todos nós somos alvos do projeto de embranquecimento causando um descentramento existencial que no processo de tornar-se Negra/o passa pela reflexão do que é ser pardo.
É necessário atualizar essa questão, só não dá pra fazer isso sem entender como nossos Ancestrais abriram caminhos para chegarmos até aqui e sem apontar as consequências coletiva do que se propõe
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