A cidade de Khmun foi um centro de culto ao Deus Djeuti. Ela faz parte dos mitos de Kemet, pois era lá que viviam os 8 Deuses iniciais da criação (Hemenu) incluindo o Deus Nun. A interação entre eles formou o universo numa explosão. Se chamarmos a cidade de Khmun de Heliópolis, deixamos de ter Kemet como principal referência e passamos a entender o mundo de acordo com os mitos brancos. Nos autonomear através de nossas línguas Ancestrais é entender o mundo a partir de nossa própria história.
Chamar a cidade sagrada de Khmun é retomar a linguagem de Kemet, a Medu Neter, da qual o Deus Djeuti faz parte. Chamar Khmun pelo nome ocidental de hermopolis é falar de hermes da grecia e assim considerar a história Afrikana como um recorte da história europoide. Se a gnt chama os 8 deuses da criação de Hemenu, colocamos Afrika no centro. Mas se chamamos de ogdóade falamos do grego que significa 8 divindades. Ou seja, não é um definição autônoma, pelo contrário, usar o grego é aceitar ser definido pelo outro, ser feito de objeto.
Djeuti |
O mesmo vale para Kemet. Esse era nome enquanto o país foi livre, e o nome que veio a partir da escrita criada pelo povo Afrikano, era como eles mesmos se definiam. Chamar de Egito é aceitar ser definido pelos invasores.
A língua nos situa no mundo
Lunet Mehet foi uma cidade sagrada de Kemet. Na língua Medu Neter significa "O Pilar" ou "Pilar do Norte".
Capital do XIII nomo do Baixo Kemet, foi um importantes centro religioso e político na época do Reino Antigo. Nela se destacou o culto a Ra. Heliópolis era como os gregos chamavam. Luneta Mehet também podia ser escrita como Iunu ou jwnw. A depender da língua que usarmos, haverá um significado diferente, por isso que aprender os nomes que nossos Ancestrais definiram é muito importante. É Autonomia. É Sankofa
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