As conquistas militares da 18 Dinastia

 


Com a morte da Rainha Hatshepsut, o grande reinado da Décima Oitava Dinastia começou sob Tutmés III, aquele outro excelente monarca do sul, cuja mãe era uma Núbia Sudanesa. Ele dominou todos os Estados da Ásia Ocidental e as ilhas do Mediterrâneo Oriental, reduzindo-­os à condição de vassalos obrigados a pagar o tributo anual. Este foi o caso com Mitanni (um estado indo­europeu no Alto Eufrates), Babilônia, Cilícia, o Estado Hitita, Chipre, Creta, etc. Síria e Palestina eram simplesmente incluídas no reino Egípcio. Foi neste tempo que, segundo Heródoto, a guarnição que se tornaria os Cólquidas, estacionou na costa do Mar Negro; mas isso parece questionável.

De qualquer modo, o Egito era então o mais importante poder militar, técnico, e imperial no mundo. Súditos governantes estrangeiros competiam entre si em submissividade; cada um tentava usar as fórmulas mais obsequiosas ao referir­se ao Faraó: “Eu sou o seu escabelo para os pés. Eu lambo a poeira de suas sandálias. Você é o meu sol“, escreveu um vassalo Sírio para Amenófis IV. Após a Décima Oitava Dinastia, os Egípcios adquiriram o hábito de manter como reféns os filhos de governantes vassalos da Ásia e do Mediterrâneo, treinando­-os na corte do Faraó na esperança de que eles pudessem mais tarde governar seus países como bons vassalos. Esta foi uma das várias causas da influência extensiva, profunda, e quase exclusivamente Egípcia no Oeste da Ásia e do Mediterrâneo.

Cheikh Anta Diop. A origem Africana das Civilizações. Pagina 163


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