"O que está em cima é como o que está embaixo"
Essa máxima da Filosofia Kemética se materializa no Matriarcado Afrikano. Assim como a força feminina foi fundamental para a criação e manutenção da ordem cósmica, em Kemet as mulheres eram a base das comunidades e do Reino
Os conceitos religiosos por trás das deusas Afrikanas, como Neith, Auset e Hathor, não se originaram no Vale do Hapi (Nilo) embora a documentação mais substancial deles possa ser encontrada lá. Foi na região dos Grandes Lagos de Afrika Leste/Central.
Lá, no coração continental, o centro primordial, ocorreu a moldagem e formação das idéias religiosas e filosóficas que estavam para criticamente modelar o mundo. É também nesta área da terra-coração continental que temos de olhar para os primeiros retratos da Mulher Afrikana.
Ainda assim, seria idílico assumir que as Mulheres não tiveram que se esforçar para alcançar e manter a sua igualdade em Afrika, independentemente dos mitos congêneres, como o de Auset e Ausar, que a classificava como um Divino Igual.
Ela complementava, mas ela também se completava com o homem, até mesmo, às vezes, abrangendo ambos os atributos e privilégios Masculinos e Femininos (como foi o caso de Hatshepsut e Nzinga), a fim de estabelecer sua dominação.
Adaptado do livro Mulheres Pretas na Antiguidade. Ivan Van Sertima
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