“Consistindo num
preâmbulo, doze causas para uma denúncia, e uma lista de cinquenta e quatro
demandas específicas, a Declaração dos Direitos do Povo Negro do
Mundo foi a principal afirmação política produzida na primeira das
convenções anuais da Associação Universal do Progresso Negro. Adotada em 13 de
agosto de 1920, após uma série de relatos de injustiça prevalecendo através do
mundo Negro, o documento foi assinado por 122 delegados e observadores.
Desde então ele foi reproduzido periodicamente no orgão oficial de notícias da
associação, o Mundo Negro. Elementos da Declaração – a qual foi descrita como
Magna Carta da Raça – também aparece no Catecismo Universal Negro. Para Marcus
Garvey, o documento era “a propriedade de cada Negro em cada canto do mundo” e
não deixava dúvidas sobre a determinação das pessoas Negras racialmente
conscientes em preservar seus “direitos humanos … a todo custo”.
Panafrikana em sua
conceituação e escopo, a declaração reflete um interesse misto em questões
nacionalistas e universais. Demonstrando que o separatismo Negro era consoante
com a corrente luta pelos direitos civis, a filiação à UNIA era provida de um
hino nacionalista (artigo 40), uma bandeira (Artigo 39), e uma lógica de
protestos pós 1ª Guerra Mundial por decisões de políticas públicas como a do
mandato da Liga das Nações indicando fiscalização das colônias formais Alemãs
na África para a França e Grã-Bretanha. (Artigos 15 e 45).
O texto reproduzido aqui é de
Philosophy and Opinions of Marcus Garvey (Filosofia e Opinião de Marcus Garvey)
Vol. 2, Ed. Amy Jaques Garvey
(New York: Universal Publishing House, 1925; reprint, New York; Atheneum,
1974), com permissão.
Após a deportação de Garvey, em
1927, o Garvey Club deu continuidade ao movimento garveysta nos EUA.
1920 – DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO POVO NEGRO DO MUNDO
Associação Universal para o Progresso Negro
Fica resolvido que as pessoas
Negras do mundo, através de seus representantes escolhidos na convenção reunida
em Liberty Hall, na cidade de Nova York e Estados Unidos da América, em 1º de
agosto à 31 de Agosto, no ano de nosso senhor, Mil novecentos e vinte, vão
protestar contra violações dos direitos e injustiças que eles têm sofrido nas
mãos de seus concidadãos brancos, e estamentar o que eles demandam justo e de
direito, assim como o tratamento proposto às demandas de todos os homens no
futuro.
Nós denunciamos:
I. Que em nenhum lugar do mundo,
com poucas exceções, pessoas Negras compartilham de igual tratamento que
pessoas brancas, ainda que na mesma situação e circunstâncias, mas,
ao contrário, são discriminadas e tem seus direitos de seres humanos negados
por não outra razão que sua raça e cor. Nós não aceitamos satisfeitos sermos
hospedes em albergues e abrigos no mundo por não outra razão que nossa raça e
cor.
II. Em certas partes dos Estados
Unidos da América é negada à nossa raça o direito de um julgamento público
concedido a outras raças quando acusadas de crime, mas somos linchados e
queimados por multidões, e tal tratamento brutal e desumano é praticado mesmo
contra nossas mulheres.
III. Aquelas nações européias que
nos segmentaram e tomaram posse de praticamente todo o continente da África, e
os nativos que foram forçados a ceder suas terras à alienígenas e tratados na
maior parte das instâncias como escravos.
IV. Na porção sul dos Estados
Unidos da América, apesar de cidadãos sob a Constituição Federal, e em alguns
estados quase iguais em número à população branca e na qualidade de donos de
terra e contribuintes, nós temos, no entanto, negada toda a voz na concepção e
administração de leis e somos taxados sem a representação de governantes
estaduais, e ao mesmo tempo compelidos ao serviço militar na defesa do país.
V. Nas ferrovias públicas e
transportes coletivos na porção sul dos Estados Unidos nós somos segregados e
compelidos a aceitar acomodações separadas e inferiores e induzidos a pagar o
custo de acomodações de primeira classe, e nossas famílias são freqüentemente humilhadas
e insultadas por homens brancos bêbados que habitualmente passam pelos vagões
segregados com destino ao vagão de fumantes.
VI. Aos médicos de nossa raça são
negados os direitos de atender seus pacientes em hospitais públicos de cidades
e estados onde eles residem em certas partes dos Estados Unidos. Nossas
crianças são forçadas a freqüentar escolas segregadas e por períodos menores
que as crianças brancas, e os fundos das escolas públicas são igualmente
divididos entre escolas brancas e de cor.
VII. Nós somos discriminados e
impedidos de chances iguais de obter salário para o sustento de nossas
famílias, e muitas vezes temos nossa admissão recusada em sindicatos, e
praticamente em todo lugar são pagos menores salários que aos homens brancos.
VIII. No serviço civil e nas
secretarias nós somos discriminados e forçados a sentir que ser uma pessoa
Negra na Europa, América e Caribe é equivalente a ser uma forasteira e leprosa
dentre a raça humana, não importa qual o caráter e realizações que uma pessoa
Negra possa ter.
IX. Na ilhas Britânicas e outras
Ilhas das Índias Ocidentais e colônias, Negros são secreta e ardilosamente
discriminados, e negados de direitos plenos no governo aos quais os cidadãos
brancos são empregados, nomeados e eleitos.
X. Que nosso povo nestes lugares
são forçados a trabalhar por salários menores que o padrão médio de homens
brancos e são mantidos em condições repugnantes para o gosto civilizado e bons
costumes.
XI. Que muitos atos de injustiça
contra os membros de nossa raça ante a tribunais nas respectivas ilhas e
colônias são de tal natureza que criam desgosto e desrespeito ao senso de
justiça do homem branco.
XII. Contra todo tipo de
tratamento inumano, não cristão e não civilizado que nós, aqui e agora,
enfaticamente protestamos e invocamos à condenação de toda a humanidade.
Mobilização popular da UNIA – Universal Negro Improvement Association
Com o intuito de encorajar nossa
raça por todo o mundo e estimulá-la a um destino mais elevado e grandioso, nós
demandamos e insistimos na seguinte Declaração de Direitos:
1 . Que seja do conhecimento de
todas as pessoas em todo lugar, todos os seres humanos foram criados igualmente
e fazem jus aos direitos à vida, liberdade e à busca da felicidade, e por causa
disto nós, os devidamente elegidos representantes das pessoas Negras do mundo,
invocando a ajuda do justo e todo poderoso Deus declaramos todos os homens
mulheres e crianças de nosso sangue em todo o mundo cidadãos livres, e
alegá-los como livres cidadãos da África, a Terra-mãe de todos os Negros.
2. Que nós acreditamos na suprema
autoridade de nossa raça em todos os aspectos raciais; que todas as coisas são
criadas e dadas ao homem como posse comum; que devem haver uma distribuição
equitária e partilha de todas essas coisas, e em consideração ao fato que como
uma raça nós estamos agora privados destas coisas que são moralmente e
legalmente nossas, nós acreditamos que é certo que todas estas coisas devam ser
adquiridas e mantidas por qualquer meios possível.
3. Que nós acreditamos que o
Negro, como qualquer outra raça, deve ser governado pela ética da civilização,
e, por conseguinte, não deveria ser privado destes direitos ou privilégios
comuns a outros seres humanos.
4. Nós declaramos que os Negros,
por qualquer meio que formem uma comunidade entre sí mesmos, devem ser cedidos
os direitos de eleger suas próprias representações para atuar no legislativo,
tribunais de justiça, ou tais instituições que possam exercer controle sobre
uma particular comunidade.
5. Nós afirmamos que o Negro é
merecedor de justiça imparcial ante todos os tribunais e equidade em qualquer
país em que possa se encontrar, e quando isto é negado a ele graças a sua raça
ou cor, tal negação é um insulto a raça como um todo e deve ser lamentado por
todos os Negros.
6. Nós declaramos que é injusto e
prejudicial aos direitos dos Negros nas comunidades onde eles existem em
números consideráveis serem julgados por um juiz e júri composto totalmente por
uma raça alheia, mas em todos os casos membros de nossa raça são merecedores de
representação num júri.
7. Nós acreditamos que qualquer
lei ou prática que tende a privar qualquer africano em sua terra ou os
privilégios de livre cidadania dentro de seu país é injusto e imoral, e nenhum
nativo deve respeitar tal lei ou prática.
8. Nós declaramos tributação sem
representação injusta e tirana, e não deve haver obrigação da parte do Negro em
obedecer a arrecadação da taxa por qualquer corpo legislativo ao qual ele é
excluído e negado de representação graças a sua raça e cor.
9. Acreditamos que qualquer lei
especialmente dirigida contra o Negro para seu prejuízo e que o mantém alijado
por causa de sua raça ou cor é injusta e imoral, e não deve ser respeitada.
10. Nós acreditamos que todos os
homens têm direito ao respeito humano comum e que a nossa raça não deve de
maneira nenhuma tolerar qualquer insultos que possam ser interpretados como
desrespeito à nossa raça ou cor.
11. Nós reprovamos o uso do termo
“nigger”, tal como aplicado aos Negros, e exigimos que a palavra “Negro” seja
escrita com um “N.” maiúsculo.
12. Acreditamos que o Negro deve
adotar todos os meios para se proteger contra práticas bárbaras infligidas a
ele por causa de sua cor.
13. Acreditamos na liberdade de
África para o povo Negro do mundo, e pelo princípio da Europa para os europeus
e da Ásia para os asiáticos; nós também exigimos a África para os africanos, em
casa e no exterior.
14. Acreditamos no direito
inerente do Negro de tomar posse de África e que a sua possessão sobre a mesma
não será considerada como uma violação de qualquer reivindicação ou compra
feita por qualquer raça ou nação.
15. Condenamos fortemente a
cobiça das nações do mundo que, por agressão aberta ou esquemas secretos,
tomaram os territórios e riquezas naturais inesgotáveis de África, e nós
registramos a nossa determinação mais solene de recuperar os tesouros e a posse
do vasto continente de nossos antepassados.
16. Acreditamos que todos os
homens devem viver em paz uns com os outros, mas quando as raças e nações
provocam a ira de outras raças e nações pela tentativa de infringir seus
direitos, a guerra torna-se inevitável, e a busca de alguma maneira para
libertar a si mesmo e proteger os seus direitos ou herança torna-se
justificável.
17. Considerando que o
linchamento, a morte por incineração, o enforcamento ou suspensão por qualquer
via de seres humanos é uma prática bárbara, uma vergonha e desgraça para a
civilização, nós, portanto, declaramos que qualquer país culpado de tais
atrocidades está fora dos limites da civilização.
18. Protestamos contra o crime
atroz de açoitamento, flagelação e excesso de trabalho das tribos nativas de
África e dos Negros por toda parte. Estes são métodos que devem ser abolidos e
todos os meios devem ser tomados para evitar a continuação de tais práticas
brutais.
19. Protestamos contra a prática
atroz de, quando colocados nas prisões por uma raça alienígena, raspar a cabeça
dos africanos, especialmente das mulheres Africanas ou indivíduos de sangue
Negro, como punição por crime.
20. Protestamos contra distritos
segregados, meios de transporte públicos separados, a discriminação industrial,
linchamentos e as limitações dos privilégios políticos de qualquer cidadão
Negro em qualquer parte do mundo por causa de raça, cor ou credo, e vamos
exercer a toda nossa influência e poder contra essas práticas.
21. Protestamos contra qualquer
punição severa infligida a um Negro, frente a uma punição mais branda infligida
a outro de uma raça alienígena pela mesma ofensa , como um ato de preconceito e
injustiça que deve ser ressentido por toda a raça.
22. Protestamos contra o sistema
de ensino em qualquer país onde os Negros são negados os mesmos privilégios e
vantagens que as outras raças.
23. Declaramos que é desumano e
injusto boicotar Negros nas indústrias e no trabalho em qualquer parte do
mundo.
24. Nós acreditamos na doutrina
da liberdade de imprensa, e nós, portanto, enfaticamente protestamos contra a
supressão de jornais e periódicos Negros em várias partes do mundo, e instamos
os Negros em todos os lugares a empregar todos os meios disponíveis para evitar
tal supressão.
25. Também exigimos a liberdade
de expressão universalmente para todos os homens.
26. Vimos por este meio protestar
contra a publicação de artigos escandalosos e inflamatórias por uma imprensa
alienígena estrangeira criar conflitos raciais e a exibição de filmes que
mostram o Negro como um canibal.
“O novo Negro não tem medo”
27. Acreditamos na
auto-determinação de todos os povos.
28. Declaramos para a liberdade
de culto religioso.
29. Com a ajuda de Deus
Todo-Poderoso declaramo-nos protetores jurados da honra e da virtude de nossas
mulheres e crianças, e comprometemos a nossa vida para a sua proteção e defesa
em todos os lugares e sob todas as circunstâncias frente a erros e desmandos.
30. Exigimos o direito de uma
educação sem limites e sem preconceitos para nós mesmos e para nossa
posteridade para sempre [.]
31. Nós declaramos que o ensino,
em qualquer escola por professores alheios a nossos meninos e meninas, que a
raça alienígena é superior à raça Negra, é um insulto para o povo Negro do
mundo.
32. Onde os Negros formam uma
parte dos cidadãos de qualquer país, e passam no exame de serviço público desse
país, nós declaramos que estes têm direito à mesma consideração que os outros
cidadãos às nomeações em tal serviço público.
33. Nós vigorosamente protestamos
contra o tratamento cada vez mais desleal e injusto concedido aos viajantes Negros
em terra e mar pelos agentes e funcionários das estradas de ferro e companhias
de navegação, e insistimos que por uma tarifa igual devemos receber os mesmos
privilégios que os viajantes de outras raças.
34. Nós declaramos injusto
qualquer país, Estado ou nação promulgar leis que tendem a dificultar e impedir
a imigração de Negros livres em virtude da sua raça e cor.
34. Que o direito do Negro de
viajar sem ser molestado por todo o mundo não seja abreviada por qualquer
pessoa ou pessoas, e todos os Negros são convocados a ajudar um colega Negro
quando assim molestado.
36. Nós declaramos que todos os
Negros têm o mesmo direito de viajar o mundo como os outros homens.
37. Vimos por meio deste exigir
que os governos do mundo reconheçam o nosso líder e seus representantes escolhidos
pela raça para cuidar do bem-estar de nosso povo sob tais governos.
38. Exigimos o controle completo
de nossas instituições sociais sem interferência por qualquer raça ou raças
alienígenas.
39. Que as cores Vermelho,Preto e
Verde são as cores da raça Negra.
40. Resolvido, que o hino “A
Etiópia, terra de Nossos Pais, etc,” será o hino da raça Negra. . . .
41. Acreditamos que qualquer
liberdade limitada, que priva um dos plenos direitos e prerrogativas de
cidadania completa é apenas uma forma modificada de escravidão.
42. Nós declaramos que é uma
injustiça para com nosso povo e um impedimento grave para a saúde da raça negar
aos médicos Negros licenciados e competentes o direito de praticar nos
hospitais públicos das comunidades em que residem, por nenhuma outra razão que
não sua raça e cor .
43. Apelamos aos vários governos
para que aceitem e reconheçam os representantes Negros que serão enviados a
estes governos para representarem o bem-estar geral dos povos Negros do mundo.
44. Nós deploramos e protestamos
contra a prática de confinar os presos jovens em prisões com adultos, e
recomendamos que tais prisioneiros jovens devem aprender ofícios remunerados
sob uma supervisão humana.
45. Está ainda mais resolvido,
que nós, como raça de pessoas, declaramos a Liga das Nações nula e sem efeito
no que se refere ao Negro, à medida em que visa privar os Negros de sua
liberdade.
46. Exigimos de todos os homens
sob nossa liderança apenas aquilo que nós mesmos faríamos, em nome da justiça;
e nós apoiamos enfaticamente, para todos os homens, todos os direitos que
reivindicamos aqui para nós.
47. Nós declaramos que nenhum
Negro deve se envolver-se em batalha por uma raça alienígena, sem primeiro
obter o consentimento do líder do povo Negro do mundo, exceto em uma questão de
defesa nacional.
48. Protestamos contra a prática
de convocar Negros e enviá-los para a guerra com forças alienígenas sem uma
formação adequada, e demandamos que em todos os casos os soldados Negros
recebam a mesma formação que os alienígenas.
49. Exigimos que as instruções
dadas às crianças Negras nas escolas incluam o tema “História do Negro” para o
seu benefício.
50. Exigimos uma relação livre e
sem restrições comerciais com todo o povo Negro do mundo.
51. Declaramos a liberdade
absoluta dos mares para todos os povos.
52. Exigimos que sejam dados a
nossos representantes devidamente credenciados o reconhecimento apropriado em
todas as ligas, conferências, convenções ou tribunais de arbitragem
internacional sempre que os direitos humanos forem discutidos.
53. Proclamamos o dia 31 de
agosto de cada ano como um feriado internacional para ser observado por todos
os Negros.
54. Queremos que todos os homens
saibam que vamos manter e lutar pela liberdade e igualdade de todo homem,
mulher e criança da nossa raça, com as nossas vidas, nossas fortunas e nossa
sagrada honra.
Estes direitos que acreditamos
ser justificadamente nossos e adequados para a proteção da raça Negra em geral,
e por causa dessa nossa crença que, em nome dos Negros 400 milhões do mundo,
prometemos sobre e em defesa do sangue sagrado da raça e temos a honra de
subscrever os nossos nomes como garantia da sua veracidade e fidelidade, na
presença de Deus Todo-Poderoso, neste dia 13 de agosto, no ano de nosso Senhor
de 1920.
————————————————————————————————–
O dossiê policial sobre Marcus Garvey
Eu estou transmitindo juntamente
um comunicado que chamou minha atenção vinda do canal do Panamá, escritório de
Washington, relativo às atividades de MARCUS GARVEY. Garvey é um Negro
caribenho e em adição à suas atividades no empenho de estabelecer a Black Star
Line Steamship Corporation (Corporação da Linha de Navios a Vapor Estrela
Negra) ele também esteve particularmente ativo misturado a elementos radicais
na cidade de Nova York agitando o movimento negro. Infelizmente, no entanto,
ele ainda não violou nenhuma lei federal por meio da qual ele possa ser
processado em razão de ser um estrangeiro indesejável, do ponto de vista de
deportação. Ocorre a mim, no entanto, que através da nota de jornal anexa possa
existir algum processo contra ele por fraude em conexão com sua propaganda da
Black Star Line e por esta razão eu estou transmitindo o comunicado para sua
devida atenção.
O que se segue é uma breve
afirmação de Marcus Garvey e suas atividades;
Natural do Caribe e um dos mais
proeminentes agitadores Negros em Nova York;
Ele é fundador da Associação Universal
do Progresso Negro e da Liga de Comunidades Africanas;
Ele é o promulgador da Black Star Line e é o editor gerente do Mundo Negro;
Ele é um orador excepcionalmente
bom, criando muito entusiasmo entre os Negros através das propostas de seus
navios à vapor;
Em seu jornal o “Mundo Negro” a
prática Soviética Russa é mantida e aqui está uma clara referência ao
Bolchevismo.
Respeitosamente,
J.E. Hoover”
Garvey o melhor spm, a declaração dos direitos do povo negro é mais do que justa e infelizmente até os dias de hoje é descumprida.
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